Em novo revés, assinatura do acordo UE-Mercosul é adiada para janeiro


A assinatura do tão aguardado acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul — bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia — foi novamente adiada, segundo anúncio feito nesta quinta-feira (18). A expectativa era de que o pacto fosse formalizado ainda em dezembro, mas líderes europeus informaram que a cerimônia foi postergada para janeiro de 2026, em meio a divergências internas e pressões de setores da agricultura na Europa. Diário de Notícias+1

Por que o adiamento?

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comunicou aos líderes do bloco que não viajará a Brasília para participar da assinatura do acordo neste mês, como estava previsto. A decisão foi tomada após resistências de países como França e Itália, que exigem garantias adicionais de proteção aos agricultores europeus diante da concorrência de produtos vindos do Mercosul. Diário de Notícias+1

Os protestos de agricultores na Europa, que temem perda de competitividade frente a produtos com custos menores, também influenciaram o adiamento. A pressão política interna nesses países fez com que líderes como a italiana Giorgia Meloni defendessem mais tempo para negociar salvaguardas antes de firmar o tratado. belganewsagency.eu

Negociação de décadas ainda em disputa

O acordo UE-Mercosul vinha sendo negociado há mais de 25 anos e é considerado um dos maiores pactos comerciais globais em discussão. A formalização criaria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, conectando mercados que representam bilhões de consumidores. euronews

Para o Brasil e outros países do Mercosul, o pacto é visto como uma oportunidade significativa de expansão de exportações e fortalecimento de relações econômicas com a Europa. No entanto, alguns líderes europeus afirmam que certas condições ainda não foram atendidas, especialmente no que diz respeito à reciprocidade de padrões agrícolas e ambientais. Diário de Notícias

Reação brasileira

Autoridades brasileiras acompanharam de perto as negociações nas últimas semanas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria expressado frustração com os atrasos, chegando a afirmar que, caso o acordo não fosse assinado neste mês, seria difícil concluir o pacto durante sua presidência. Rede 98

Impactos e próximos passos

O adiamento para janeiro de 2026 representa mais um capítulo de um processo que já enfrentou diversos impasses e ajustes ao longo dos anos. Diplomatas e especialistas em comércio internacional afirmam que o acordo ainda depende de consenso entre todos os 27 países da UE e dos quatro membros plenos do Mercosul, além de ratificação nos parlamentos de cada país envolvido. belganewsagency.eu

A expectativa agora é de que, com mais tempo para negociação, algumas das preocupações levantadas pelos governos europeus sejam abordadas — mantendo vivo o sonho de um pacto que tem potencial para transformar as relações comerciais intercontinentais.

 

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